Por Dani Galhardo
As organizações, de um modo geral, estão passando por algumas situações bem desafiadoras no que diz respeito à saúde mental e emocional dos seus colaboradores. As discussões de assuntos como ansiedade, crises de estresse, burnout e depressão estão em alta.
De acordo com um levantamento da ISMA Brasil, International Stress Management Association, 72% da população brasileira economicamente ativa sofre de estresse e 32% dos trabalhadores brasileiros sofrem de burnout, síndrome de esgotamento profissional. O problema é tão latente, que a síndrome do burnout passou a ser reconhecida, a partir de janeiro desse ano, como doença ocupacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Mais um dado preocupante: em 2019, segundo dados da própria OMS, 18,6 milhões de brasileiros tinham transtorno de ansiedade, o maior número de pessoas com essa doença em um país no mundo.
Quando o assunto é felicidade, a pesquisa “Global Happiness 2022”, feita pela Ipsos (empresa especialista em pesquisa mercado) em 30 países, apresenta novos dados. Ela mostra que os brasileiros ficaram menos felizes com o passar dos anos. Em 2013, cerca de 81% dos entrevistados do Brasil se consideravam “muito” ou “bastante” feliz. No final de 2021, esse número caiu para 63%.
Dados como esses acendem o alerta das organizações. Todo esse cenário impacta diretamente na produtividade e custo das empresas. Pesquisas demonstram que colaboradores infelizes tiram mais dias de afastamento por doença, por exemplo.
E aí fica a pergunta: é possível que as empresas contribuam para melhoria da felicidade e bem-estar dos seus colaboradores? Segundo a Psicologia Positiva, ciência centrada na valorização das qualidades e virtudes humanas, sim, é possível.
Pessoas que vivenciam relacionamentos e emoções positivas no trabalho, que se engajam e encontram um significado positivo em suas atividades, utilizando suas qualidades e pontos fortes, estão mais propícias a florescerem profissionalmente, encontrarem o bem-estar e, portanto, serem mais felizes.
A promoção do bem-estar, do florescimento e o cultivo da positividade estimulam a motivação, eficiência, resiliência, criatividade e produtividade, o que, por sua vez, melhora o desempenho.
É um convite para reflexão. Cada empresa, de acordo com sua realidade e necessidade, pode montar um plano de conscientização, transformação de cultura, mobilização da liderança e treinamento dos seus colaboradores. E os benefícios retornam para as próprias organizações, que terão colaboradores mais produtivos e eficientes, com consequente melhoria dos resultados.
Até a próxima!
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